O uso da Inteligência Artificial no mundo jurídico tem ganhado destaque pela sua capacidade de processar grandes volumes de informações e fornecer respostas rápidas e precisas. Advogados e outros profissionais do direito têm utilizado a tecnologia para pesquisar jurisprudência, redigir documentos legais e obter aconselhamento preliminar sobre questões complexas. A eficiência e a rapidez proporcionadas pela inteligência artificial podem agilizar processos e reduzir custos, beneficiando tanto os escritórios de advocacia quanto seus clientes.
No entanto, é crucial reconhecer as limitações e os riscos associados ao uso da Inteligência Artificial no contexto jurídico. A interpretação de textos legais e a aplicação da lei exigem um entendimento profundo e contextual que muitas vezes vai além das capacidades atuais da IA. Erros na interpretação de dados, na aplicação de precedentes ou na compreensão de nuances legais podem resultar em consequências graves, como orientações incorretas ou decisões judiciais equivocadas. Além disso, a questão da confidencialidade e da segurança de dados sensíveis também precisa ser cuidadosamente considerada ao utilizar ferramentas de IA.
Portanto, a utilização deve ser feita com parcimônia. Enquanto a tecnologia pode ser um recurso valioso para tarefas auxiliares e para aumentar a eficiência, a supervisão humana continua sendo essencial. Advogados devem usar o ChatGPT como uma ferramenta complementar, não como um substituto para o julgamento e a expertise profissional. Dessa forma, é possível aproveitar os benefícios da inteligência artificial sem comprometer a qualidade e a integridade do serviço jurídico prestado.
Por Flávia Bezzi